28/10/09

Prémios nos Bancos

Ricardo Salgado (citado aqui pela TSF), presidente do BES, mostrou-se contra a limitação dos prémios pagos aos administradores dos bancos privados. O seu ponto de vista faz sentido: O Estado não é dono dos bancos privados e como tal não pode interferir na sua gestão. Se o banco tivesse contado com a juda estatal para ser salvo da falência, aí sim faria sentido.
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No entanto, a questão não é assim tão linear. Caso não houvesse intervenção estatal, o BPN e o BPP estavam agora na falência e os seus clientes a arder (o banco em si até merecia falir, dado que não teve nada a ver com a crise internacional). O facto de existir apenas a possibilidade do banco vir a ser salvo pelo Estado, que neste caso era uma certeza, dá toda a legitimidade de impor limites aos prémios dos gestores, se isso prevenir de alguma forma o agravamento da situação de um banco e crescente possibilidade de vir a entrar em falência.
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É que uma coisa é a teoria, que é sempre muito bonita, simples e clara, mas outra coisa são os factos e as circunstâncias actuais.

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