29/10/09

Assim se faz um polítco

Recorrendo à Wikipédia, fonte mais fidedigna que muitos dos jornais sensacionalistas portugueses, Armando Vara "é um político português e administrador bancário". Estudou Filosofia na Universidade Nova de Lisboa, tendo abandonado a universidade sem obter o diploma de licenciatura. Mais tarde obteve o diploma de licenciatura no Curso de Relações Internacionais na agora defunta Universidade Independente, três dias antes da sua nomeação para a Administração da Caixa Geral de Depósitos, cargo que deixou de exercer para assumir a presidência do Banco Comercial Português. Um mês e meio depois de ter abandonado a Caixa Geral de Depósitos para assumir a vice-presidência do Banco Comercial Portugal foi promovido no banco público ao escalão máximo de vencimento, o nível 18, o que terá reflexos para efeitos de reforma."
.
Parece-me a mim que até aqui tudo normal. No entanto, esta é apenas uma parte da sua carreira, a profissional, já que a nível político tem um curriculum que se lhe diga. Foi deputado em quatro legislaturas, secretário de Estado da Administração Interna e depois secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna. Entre 1999 e 2000 foi ministro adjunto do primeiro-ministro, antes de passar a ministro da Juventude e Desporto. Como gente importante tem que se lhe diga, para construir a sua moradia decidiu recorrer ao director-geral do GEPI (Gabinete de Estudos e Planeamento de Instalações do Ministério da Administração Interna) e a engenheiros que dele dependiam.
.
E como político que se preze, teve o seu escândalo em 2000, que o obrigou a pedir a demissão, após ter cometido irregularidades pela Fundação para a Prevenção e Segurança, que fundara no ano anterior. Mas isto não foi suficiente. Armando Vara estava a cair no esquecimento e portanto foi constituido arguido no âmbito da Operação "Face Oculta" da PJ. Actualmente é o número dois do BCP, Vara terá sido apanhado numa escuta a negociar o pagamento de dez mil euros ao empresário Manuel Godinho, o único detido na operação da PJ.
.
Infelizmente, assim se conta a vida típica de um político português.

Sem comentários:

Enviar um comentário