30/10/09

Firme

Paulo Rangel demonstrou ontem na RTP que será definitivamente o líder do PSD. Contudo, não será para já. Rangel anunciou que está fora da corrida e promoveu o nome de Marcelo Rebelo de Sousa. No entanto a sua visão daqueles que devem ser os objectivos fundamentais do PSD e qual deverá ser o seu papel na AR, nomeadamente em relação ao Programa do Governo e Orçamento de Estado, fez antever aquele que será um bom líder para um partido que neste momento precisa de clarificação. Mostrou que, talvez por ser um político da nova geração (em número de anos na política), é uma pessoa íntegra e com valores e afirmou que nem sempre a sua posição pessoal é a mesma do partido e nem sempre a foi enquanto foi líder de bancada.
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A meu ver, Marcelo vai acabar por entrar na corrida pela liderança do partido. Tem reunido vários apoios, mesmo mostrando-se pouco interessado, e o dever de servir o seu partido, tal como sentiu Manuela Ferreira Leite, vai falar mais alto. Não me parece que nesta altura Morais Sarmento tenha perfil. A alternativa seria Aguiar Banco, actual líder de bancada, que poderá apresentar uma candidatura caso quer Marcelo não queria mesmo entrar e visto que Rangel está de fora.
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Pedro Passos Coelho tem perdido alguns pontos e Rangel foi implacável com ele. De facto, a sua imagem tem sido de oposição interna e não de alternativa. Por outro lado, a composição do Parlamento não foi escolhida por si e portanto iria contar com deputados que não estão do seu lado da barricada.
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Como tenho dito, não sou de partidos. Sou de políticas. Posso mesmo acrescentar que já defendi com grande entusiasmo três partidos diferentes, é claro que chegados mais à direita. E este Rangel que vi ontem pareceu-me ser capaz de devolver ao PSD a força que em tempos teve e que agora se encontra bastante fragilizado.

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