23/12/09
Presos aos EUA
Enganar quem?
22/12/09
Interesse Público
18/12/09
Impunidade
16/12/09
Centralismo
O Palhaço - by Mário Crespo
O palhaço compra empresas de alta tecnologia
O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar
Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.
O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.
E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.
Ou nós, ou o palhaço.
Trafulha
"[Os alunos] fazem um papel, entregam ao professor e vão-se embora. E ao fim do ano, entregam-lhe um papel a dizer que têm o nono ano [de escolaridade]. Isto é tudo uma mentira, enquanto formos governados por mentirosos e incompetentes este país não tem solução”,
Medina Carreira, Público
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O que disse Medina Carreira é óbvio demais. Não me canso de dizer que este programa das Novas Oportunidades visa apenas atingir estatísticas. Pretende qualificar recursos humanos pouco qualificados ao estilo que José Sócrates, alegadamente, concluiu a sua licenciatura. Por um lado, estão a querer enganar os portugueses em geral, dizendo que este Governo está a elevar o nível de escolaridade dos portugueses, o mundo internacional, de modo a subir nas estatísticas europeias e os próprios alunos, pois eles não ficam a saber o mesmo que é ensinado no ensino normal.
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O que seria de louvar, era utilizar esses meios financeiros em programas de formação e qualificação profissional de recursos humanos, e digo isto no verdadeiro sentido da palavra: Capacitar e dotar os recursos humanos de conhecimentos e técnicas que os permitam de desempenhar uma determinada profissão. Não apenas dar-lhes um papel para as mãos a dizer que têm equivalência ao 9º ou 12º ano. Ainda por cima é dinheiro mal gasto, porque as empresas sabem perfeitamente que não se aprende nada nas novas oportunidades.
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Este programa nem sequer é facilitismo. É trafulhice.
15/12/09
Falar por falar
14/12/09
Não é desculpa
Parque Temático em Campanhã
Reflexão: O antes e o depois
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Não quero de modo algum defender esse regime, até porque a minha idade não o permite, mas posso perfeitamente apontar alguns dados factuais ou não.
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Segurança?
Os meus avós dizem que estavam mais seguros no anterior regime. Havia mais respeito e as pessoas podiam deixar as portas abertas que não havia "larápios". Hoje? Bem, eu posso dizer que não me sinto seguro. Nem no Porto, nem em Lisboa, nem em lado nenhum, viajo de carro com as portas sempre trancadas, evito andar sozinho na baixa à noite e é condição obrigatória trancar todas as portas de casa de noite ou quando não estou.
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Finanças Públicas?
Salazar (não sei se posso dizer o nome dele) encheu os cofres do país. Foi um dos melhores Ministros das Finanças de todos os tempos. Passou de bestial a besta por ter imposto um regime ditaturial. Mas será que hoje estamos melhor?
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Liberdade?
Esta é uma questão polémica! Até porque a maioria das pessoas não sabe o que é liberdade. O meu conceito de liberdade tem um conceito implícito de respeito. Não podemos falar em liberdade sem falar de respeito. A nossa liberdade individual termina onde começa a dos outros. Perguntem aos jornalistas se semtem que hoje, com Sócrates, existe liberdade de impensa. Eu acho que não! E nem sequer falo em Marcelos nem TVIs.
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Um pequeno aparte, com esta lei do tabaco, colegas meus e outras pessoas questionaram a sua liberdade: "Agora já nem tenho liberdade para fumar o meu cigarro num café ou num restaurante, após terminar a minha refeição". Pois... e eu não tinha liberdade para comer a minha tosta mista ou saborear um belo bife da portugália sem ser invadido pelo fumo do SG Ventil da mesa ao lado. Nessa questão, hoje sinto-me muito mais livre!
Nível de Vida?
Eu não tinha grandes dúvidas em afirmar que o nível de vida deve ter aumentado. E provavelmente é verdade. Estamos também mais desenvolvidos. Mas a questão não é estática. Tem de ser analisada em termos dinâmicos: Como estariamos se...? Com ditadura ou não, ou com Mário Soares ou não, só sabemos uma versão da história. A outra só podemos estimar ou sonhar com ela. Mas o que é certo é a questão em baixo:
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Salário Mínimo Nacional
Se o SMN tivesse sido actualizado anualmente ao nível da inflação desde o dia 25 de Abril de 1974, em 2010 estaria ao nível de 562 euros e não os 475 euros anunciados. Isto significa uma perda de 15% face ao estabelecido na altura.
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Não sei não... Se me apresentassem estes dois cenários para viver penso que escolheria aquele em que não vivo hoje. Mais livre, com mais perspetivas embora menos desenvolvido, mais seguro e com as finanças em ordem. Parece-me bem...
(Público)