20/01/10

CDS e o "Rabo na Boca"

Não. Não estou a fazer nenhuma ilusão ao significado literal da expressão do título. Tal seria nogento. Contudo, depois de tantas e boas ideias, que eu inclusivé aqui defendi, eis que o CDS aparece com uma brilhante péssima ideia. Devem ser os ares da negociação com o PS que os deixou assim.
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Pedro Mota Soares proferiu que, entre outras medidas como a fiscalização do RSI, o país deveria adoptar a seguinte medida: Quando um desempregado é contratado com um contracto a termo certo, a empresa deve receber por parte do Estado aquilo a que o desempregado teria direito (subsídio de desemprego) se assim continuasse. Esta proposta não tem pés nem cabeça! E são vários os motivos.
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Em primeiro lugar, não contribui para o objectivo de redução do défice, antes pelo contrário. Mas este argumento é o menor dos três (embora seja importante). Depois, as empresas não vão recrutar os seus futuros trabalhadores com base nas suas competências mas sim com base nas vantagens pecuniárias que podem resultar para a empresa. Neste caso os "recém-desempregados" estarão na linha da frente para serem contratados. Cada dia que passa reduz a probabilidade de serem recrutados. Por último, vai criar uma situação de pescadinha de rabo na boca. Os desempregados quando deixam de ter direito ao subsídio de desemprego, vão ter muitas mais dificuldades para encontrar emprego.
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Portanto, posso aqui dizer que acabei de apanhar com um balde de água fria na espinha. E o CDS que se ponha fino pois não é com desilusões destas que consegue novamente dois dígitos.

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